PELD - MG | Processos ecológicos e a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica do trecho médio da bacia do Rio Doce-MG
Descrição
A Mata Atlântica e o Sistema Lacustre do Médio Rio Doce, localizados na Região Metropolitana do Vale do Aço, albergam grande parte da biodiversidade brasileira possuindo ainda elevada taxa de endemismos. Esta é uma zona de conflito entre interesses ambientais, econômicos e sociais e está sujeita a vários impactos ambientais, principalmente a expansão urbana e monocultura do eucalipto e a introdução de espécies exóticas. Considerando sua importância biológica e ameaça constante, esta região foi incluída em 2009 na lista RAMSAR como uma área úmida de importância internacional. O sistema lacustre é formado por c. 300 lagos com distintas características, sendo que 50 desses lagos se encontram imersos numa matriz florestal, primária ou secundária, protegidos pelo Parque Estadual do Rio Doce-PERD, o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica de Minas Gerais. Os lagos do entorno tiveram a maior parte da vegetação natural de suas bacias substituída por plantações de eucalipto e/ou pastagens. A riqueza e a biodiversidade de espécies vem sendo monitoradas desde 1999, sendo que vários grupos foram avaliados, desde microrganismos até vertebrados. Além da biodiversidade, diversos estudos avaliaram processos ecológicos como a produtividade primária, a decomposição, o ciclo do carbono e as interações bióticas como competição e predação. Há projetos de Educação Ambiental com as comunidades do entorno, participando de encontros regulares do Conselho Consultivo, buscando pensar e discutir, conjuntamente, as melhores formas de manejo e conservação de todo o sistema. Mais recentemente, o projeto deslocou seu foco para o Rio Doce, buscando mensurar o impacto na biodiversidade e nos processos ecológicos do rompimento da barragem de rejeitos de Mariana-MG.
Recursos
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Ultima atualização de metadados a 2022-08-10 11:10:53.0